Hemera, Aleteia e Pinóquio encontram-se num café...
A mentira não é a soma de todas as verdades? A verdade do que acontece, a verdade do que pensamos, a verdade do que sonhamos, a verdade do que idealizamos, a verdade que nos convém, a verdade que não podemos contar sem ferir quem gostamos... E depois há verdades que achamos serem mentiras. E mentiras que acreditamos serem verdades.
Não gosto de mentiras, convenientes e inconvenientes, mas acredito que são a força motriz da sociedade. Já pensaram se todos disséssemos a verdade a toda a hora? Os despedimentos, os divórcios, as pancadarias entre vizinhos e colegas, o caos (ainda maior) nas filas dos supermercados, o fim de amizades, as zangas nas famílias... Era o verdadeiro apocalipse!
Não tenho jeito para mentir, sou um bocadinho melhor a detetar mentiras (por vezes, é mera intuição), mas só o consigo porque já me mentiram muito... Nesta altura, já perdoei bastantes mentiras, a muito custo, mas algumas ainda não esqueci nem tenciono esquecer, porque faz parte do crescimento interior e da aprendizagem.
Acredito que o ser humano irá ser sempre mentiroso. As pessoas são de carne e osso, não um bonequinho de madeira como o Pinóquio.
São assim, as mentiras: elas andam aí... tal como as bruxas, embora em maior quantidade e às vezes mal disfarçadas, por isso as encontramos mais vezes!