O voo dos amantes
29.07.19 | Inês Aroso
A aspereza dos dias não lhes roubara a doçura das almas. Os seus lábios tocaram. Era um beijo leve, mas sentido. Quente, mas refrescante. Luminoso, mas sem medo das sombras. E o que parecia uma brisa era, afinal, um vendaval de ternura. Sentiam-se num turbilhão de amor. Tentaram fugir. Mas afundavam-se sempre, como se fosse a primeira vez... e a última. Sem fôlego, voaram.