Somos um, sendo muitos. Somos uma espécide de corpo vivo com várias células. Fomos crescendo, ao longo dos anos. E encaixamos quem se quis juntar. Somos uma família assumidamente imperfeita, mas com uma união mais forte do que qualquer explicação. É que o amor (...)
O perigo de parar era maior do que se pensava. Os cálculos da medicina e da matemática não previram tudo. Não consultaram filósofos. E estes, ai estes, teriam alertado para o grande final. Não havia grandes erros nos números de doentes e mortos, nem no cenário de (...)
Sabia que não lhe podia contar o que a preocupava. Ele ia entender, não a ia julgar, mas iria ficar magoado com a soma das palavras dela. Ela antecipava a dor dele e, por isso, por muito que lhe apetecesse ser abraçada por ele e livrar-se do segredo que a sufocava, (...)
O óbvio obrigou-me a parar. O óbvio obrigou-me a pensar. O óbvio obrigou-me a voltar a mim. E sempre que volto a mim, tenho que escrever. Valha muito ou valha pouco é na escrita que eu sou eu. O início tinha que ser este. Com música. Com beijos. Com amor. Com tempo. (...)
Alguém passou na rua com o teu perfume. Lembrei-me de ti. Não é que seja novidade, pois penso muitas vezes em ti. Mas fiquei sobressaltada, parecia que estavas ali, perto de mim. Bastava seguir o rasto daquele aroma e alcançava-te. É avassalador perceber como as (...)
Quantas vezes já dissemos (ou pelo menos pensamos) nesta frase? Não só em relação aos outros, mas também em relação a nós mesmos, em relação a amores passados (ou presentes). É esse o problema do amor, não se explica em equações, não resulta de nenhuma (...)
Os olhos são o espelho da alma, diz a sabedoria popular. Não importa a cor, o formato, as dioptrias (eu, míope, me confesso) ou outros pormenores. Na verdade, o que interessa no olhar é aquilo que ele transmite. Medo, amor, desdém, maldade, inveja, bondade, alegria, (...)
A aspereza dos dias não lhes roubara a doçura das almas. Os seus lábios tocaram. Era um beijo leve, mas sentido. Quente, mas refrescante. Luminoso, mas sem medo das sombras. E o que parecia uma brisa era, afinal, um vendaval de ternura. Sentiam-se num turbilhão de (...)
Naquela tarde, Alice sabia que era a última vez em que festejava algo. No fundo do coração, sentia isso, mas não queria admitir. Juntou as pessoas cujo amor e a amizade a faziam sentir feliz. Sentiu-se grata por amar e ser amada por aquelas pessoas maravilhosas. Mas (...)
Angélica acreditava nas pessoas. Duarte acreditava em factos. No dia em que se conheceram, Angélica acreditou que Duarte era um bom homem. Duarte acreditou que Angélica era gorda. Apesar desse facto, Duarte resolveu namorar com Angélica. Era um facto que precisava de (...)