O óbvio obrigou-me a parar. O óbvio obrigou-me a pensar. O óbvio obrigou-me a voltar a mim. E sempre que volto a mim, tenho que escrever. Valha muito ou valha pouco é na escrita que eu sou eu. O início tinha que ser este. Com música. Com beijos. Com amor. Com tempo. (...)
Não gosto que me vejam triste. Fujo das pessoas que sei que ficarão magoadas por verem que o meu sorriso, por muito genuíno que seja não esconde a tristeza, que se esconde, lá no fundo, no olhar. Evito que me olhem nos olhos. Falo de banalidades, oculto fragilidades. (...)
"Se as palavras me prenderam a ti, só as palavras me podem libertar", declaro com toda a convicção. Faço um esforço. Volto atrás no tempo. Reaprendo a escrever. No computador? Nem pensar. Na máquina de escrever. (ao fundo, parece-me ouvir o som da máquina (...)